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Mensagens

Feliz 2019

Domingos Oliveira de Sousa Sei que a comunicação produzida pela grande imprensa se encontra na região sudeste do Brasil, sobretudo pela cidades do Rio de Janeiro e São Paulo. Sei também que o tratamento que a região nordeste é tratada como um lugar só. Parece que é um espaço singular, contudo é plural. A comunicação social trata no singular: Nordeste. Não a região Nordeste. A impressão cabe a nós nordestinos repetidores de um discurso que não é nosso. De um Brasil, que só nos oferecem as migalhas. Chegou para o nordestino é por que não tem nenhum utilidade por lá. Ou seja, somos tratado como rebotalho. Fora os programas de televisão que expressamente deporta o nordestino que se encontra lá como um exemplo de solução dos problemas sociais que os próprios criaram. Nós não somos xenófobos, mas deveríamos colocar uma placa no aeroporto, na rodoviária, na estação marítima, ou na própria rodovia: “Deixe o seu racismo, discriminação e preconceito em sua casa ou acabe com ele.  Aq

O bolo de novembro Domingos Oliveira Sousa

     João pensou em comprar um bolo no mês de outubro. Antes, ele olhava para o bolo na vitrine da loja. Sorria timidamente para  vendedora. O dinheiro no final do mês nunca dava. Ele olhava para os bolos e ficava frustrado por não ter condições de aquele tipo de bolo. O vizinho de João sempre tinha um bolo. A família de José já não ligava para o bolo que ele trazia todo dia. Não tinha mais graça. O bolo era cortado de frente para a televisão pontualmente às 20:00. À medida que o bolo era comido, o silêncio que se estendia pela sala. Ouvi-se as notícias pela televisão. Só assim, João sabia que seu vizinho José estava comendo o bolo. João não tinha inveja de José. Achava que todo mundo tinha direito a um bolo no horário do jantar. A filha de João não queria engordar, mas queria um bolo no horário de jantar. Parecia chique. Jantar e comer bolo. A mulher de João sabia fazer bolo. Era fácil fazer dizia ela sorrindo. A filha também tinha desenvoltura com receita de bolos. G

O que posso fazer em 2019? O que foi feito na educação básica na Bahia?

Domingos Oliveira de Sousa [1] Sei que há muito a fazer em 2019. O ano que se aproxima também será de resistência e de união. A pergunta que faço é quem quer resistir? Resistir para que? Quem? Onde? Como? E o mesmo para o unir-se também para que? Quem? Onde? Como estes pronomes interrogativos são angustiantes. Tenho a impressão de que o PT (Partido dos Trabalhadores) local tem se movimentado ideologicamente: de um socialismo desbotado para um neoliberalismo vibrante. Esta é o motivo do angustia e dos pronomes interrogativos. Este consumo de Estado mínimo é algo mundial. É a força do capital sobre o próprio estado. Será que o PT local vai virar a casaca? E como ser contra a quem eu ajudei a ser eleito e agora sinto-me traído. Por muito tempo, ouvi um discurso contrário no PT Nacional. Será que se encontram em conflito o PT local e o nacional? Não sei. E se alguém souber que construa um texto para explicar estas distorções ideológicas.   É preciso avisar a classe média q

“É barril!: ódio e o medo”

      Domingos Oliveira de Sousa Os  vários percursos de intolerância estão caminhando para urna. O ódio e o medo tem tomado conta do discurso da população no momento de votar. Eis a questão. De uma lado o ódio e do outro o medo. A população vai se assustando com as declarações do candidato a presidente do Brasil. Não se trata agora de ser feliz. Se trata agora é de não se morto, de apanhar na rua por pensar diferente. As nuances de uma ditadura já se encontram em nosso cotidiano. A linguagem de ameaça já se concretiza. O segundo momento é tornar isto em algo oficial. Se a ideia for da impressão da lei e da ordem já se perdeu a medida. É perceptível o medo de forma escancarada por diversos discursos. Ventila-se a ideia de fechar o Supremo Tribunal Federal (STF). Fala-se em deportar os petistas; uma vez a vitória do discurso da raiva se concretize. Muito já dizem com uma senhora contundência. Não se trata em votar no PT (Partido dos Trabalhadores). Trata-se em manter as

Dia de Professor: algumas lembranças ...presente.... passado.... Não sou chegado a datas, mas sei que é importante perceber quem eu era e quem eu sou!

Domingos Oliveira de Sousa [1] Quando se fala em professor, lembro da Professora Norma. Foi a minha primeira professora no Colégio Nossa Senhora da Boa Viagem. Fui alfabetizado em casa. Minha mãe não apenas cuidou da minha alfabetização, mas de cunhados e cunhadas.  Sei que ela sempre foi minha educadora. Cuidou também da minha formação moral. A professora Norma era chamada de Norminha. Muito certamente pela idade era responsável por uma turma de 1º ano do fundamental. Ainda no fundamental, lembro do professor Benedito. Professora Norma ainda continua viva. Sei por que vez por outra a vejo perto da casa da minha mãe. Professor Benedito, eu não sei. Foi ele que me apresentou a gramática normativa. Apresentou também O Cabeleira de Franklin Távora. Foi um dos livros que comecei a fazer análise sintática. Isto de alguma forma me ajudou muito a compreender a gramatica sintagmática no curso de Letras na UFBA (Universidade Federal da Bahia). Professora Lúzia também é uma boa

O PT tem que recuar(...)?

Domingos Oliveira de Sousa [1] Certa vez Leonel Brizola solicitou publicamente que Lula desistisse da campanha eleitoral, a fim de dar a sua vaga para o próprio em função da campanha de Collor de Mello. O PT insistiu. Lula perdeu. O governo Collor durou 2 anos e, por fim, a social democracia de Fernando Henrique entrou em cena. Falo de um lugar que corrupção e política caminham juntos, sobretudo, quando se trata de partidos com ideologias liberais. Sei que nem todo liberal não é corrupto, mas por muito tempo o poder esteve com os liberais a tal ponto que eles se tornaram empresários através do poder político, e não o contrário, empresários políticos. Esta mudança de substantiva e adjetiva é de muita importância a fim de compreender como se enrique em certos espaços do Brasil. Vejo os socialistas daqui mudarem de bairro. Ter um carro um carro mais sofisticado. Ter plano de saúde. Os filhos estudarem em escolas particulares na educação básica e em universidades públicas na

"Fake News": quem desejar controlar o meu “eu”?

Domingos Oliveira de Sousa [1] Há muito tempo assisti ao filme “Body Snatchers” (Invasores de Corpos) de Abel Ferrara. Começo por aqui para interpretar: como chegamos a este momento belicoso? Sei que filme é uma ficção onde os seres humanos são tomados, transformados, abduzidos em um outrem de outro mundo, de outro comportamento. Bastava a pessoa ir dormir que aquela possível semente se enraizou com uma praga no corpo humano e fazia uma cópia, sem o rácio humano e humanizador, mas com corpo. A dominação da espécie humana está ameaçada. Esta seria a alegoria criada? Será que estamos nessa luta entre a lucidez e a alucinação? Será que se trata de uma ideia de uma eterna subalternização? Será que uma questão da necessidade de um falso herói e uma falsa vitória?  Não tenho a resposta precisa. Em certa medida, ou em medida grande, tenho a compreensão não por completa, mas algumas interpretações são possíveis. Sabe-se da cobiça e controle sobre as riquezas de subsolo no mund