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Quem disse que professor@ é operári@ do saber?

  Sou educador, não sou operário do saber. Esta luta salarial nos coloca em uma rua sem saída como se nós fossemos uma peça de uma engrenagem enferrujada e desgastada. Nesta onda do operariado no poder fica a sensação que tudo melhorou e tudo é sindical, contudo, nem tudo é sindical e nem tudo melhorou, a caminhada é longa na recuperação da dignidade e do respeito no exercício de educar. Muito se tem falado sobre a educação em época de campanha política e/ou nas propagandas institucionais. Ouço os discursos, mas fica aquela sensação de um desconhecimento do que se fala. Se o meu voto fosse motivado através das propostas dos candidatos a presidência e a governo do Estado da Bahia no que tange a educação pública; nenhum destes candidatos mereceria o mesmo. As falas são quase iguais e pouco sensíveis a realidades d@s professor@s e a responsabilidades da educação na formação da mentalidade de gerações. Educação é algo caro e os resultados ocorrem a longo prazo. É preciso um investimento pr

Eleitores negros e candidatos negros - Parte I

Se o conceito de etnicidade do ponto de vista político estivesse em pratica nas relações raciais em Salvador – Bahia; os eleitores negros e/ou afrobaianos estariam votando em Prof. Carlos do PSTU, (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado) ou Sandro Santa Bárbara do PCB (Partido Comunista Brasileiro) para governador, os senadores seriam França do PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) e Edvaldo Brito do PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) e o Deputado Federal mais votado seria Luís Alberto do PT (Partido dos Trabalhadores) e Deputada Estadual Olívia Santana do PC do B (Partido Comunista do Brasil), mas a realidade em relação ao  eleitor negro e candidato negro a todo tempo é distanciada de qualquer tipo de discussão quando se fala em voto e tomada de poder; uma vez que o  grande jogo manter nas  mãos da minoria branca o controle da maioria negra. Segundo as inscrições feitas no TRE – Bahia (Tribunal Eleitoral Bahia), o limite de gastos da campanha do Prof. Carlos José Bispo do Na

Afinal!!! o que aconteceu no PAF?

Algumas coisas precisam ser ditas no que diz respeito ao concurso realizado no último domingo dia 19 setembro de 2010. A primeira diz respeito ao tratamento dado aos professores(as)  pelos fiscais. Em certo momento, cheguei a achar que, por um lado, havia certo nervossísmo do fiscal que não sabia dirigir a nós professores(as); por outro lado, parecia desrespeito mesmo. Afinal, somos educadores não estávamos ali para burlar a lei. Nós, a princípio, é que fiscalizamos as provas que fazemos e através delas é que vamos encaminhado a vida de muitos  estudantes; contribuindo  na relação de ensino e aprendizagem de muita gente e muito certamente daqueles fiscais, que ali se encontravam, desconfiando de uma possível caneta escanner ou de "pesca" com um eletrônico sofisticadíssimo.   A segunda é a própria avaliação que, a meu ver pareceu-me boa e inteligente. Fiz as primeiras 14 questões e li boa parte das outras questões. Os assuntos refletiam as atividades feitas tanto na escola com

A sindicalização da cor

                      DOMINGOS OLIVEIRA DE SOUSA A propósito do ensaio anterior fiquei pensando em deixar melhor as idéias esclarecidas em relação a palavra negro e o sentido que desejo dar a mesma no contexto afro-baiano, ao mesmo tempo surgiu uma reflexão a respeito da militância, que eu chamei de sindicalização da cor. Pode até parecer jocoso, contudo este não foi a intenção inicial. Gostaria de deixar claro que negro na minha compreensão da realidade sócio — cultural baiana é um conceito político e, não, um conceito cultural. De sorte que, não estou a tratar da cor de pele dos soteropolitanos e, sim, da relação de pertencimento que os mesmos têm em a identidade sócio-cultural na cidade de Salvador, vou através de argumentos defender este ponto de vista no texto que pretendo escrever. Posso parecer niilista, ou ainda, praticar um racismo as avessas, isto é, a discriminação do branco baiano. Não é bem isso que gostaria de dizer por mais que eu dissesse. Talvez, a realidade glob

O remake das eleições em Salvador

Com aproximação das eleição em Salvador - Bahia. Os nomes que estão aparecendo para concorrer ao pleito da capitão baiana dar-nos uma sensação de remake. Este filme é tão reprisado que o final não mais nos emociona. E, sim, a sensação de decepção ao ver os caminhos que os soteropolitanos tem percorrido na busca de uma gestão política que atenda às necessidade de um bem - estar social. O primeiro, é o neto, que representa a linguagem política oligarquica, do velho, que se renova com novas roupagens miadiaticas e novas jogos de cena coloridos, contudo é a mesma coisa: isto é, o mando de uma família nos destinos políticos da população da Bahia e, em alguns momentos, da cidade de Salvador como na gestão anterior ao o Prefeito João Henrique. A linguagem da força da prepotência e da subjulgação do outro para se afirmar no poder é química que muitas das vezes se reprisou com frase clássicas do povo « rouba, mas faz». Frases como estas diz muito da consciência do povo em aceitar e saber quem e

A dançarina

Eu já tinha visto duas mulheres se beijando no cinema, na televisão e no Carnaval, precisamente, na praça Castro Alves. Sempre olhei para as lésbicas com algo interessante. Algo que me chamava a atenção por que havia uma sensação de eram mulheres que não queriam sair da esfera feminina, ou ainda, uma masculinização da mulher. Uma mulher que assumia a representação masculina e a outra que se mantinha feminina. Isto de alguma forma era curioso e intrigante. Nunca olhei para um casal de dançarinas como uma casal de namoradas. Olhava para duas artístas. Na dança, as curvas se encontram e desencontram e se embalam na música que vem no ar, dando ao expectador toda uma sensação de algo de bom e um desejo subtil de fazer amor com a sua mulher. Fiquei admirado quando soube que a meu amigo perdeu a mulher para uma dançarina clássica. E de clássica, ela teve de tudo: na arte de seduzir, na arte de enamorar e na arte de a fazer amor e, por fim, na arte de ser mulher e desejar mulheres. Estive com

As novas Margaridas

Todos os dias são iguais. Você acorda. Vai ao banheiro. Faz... depois volta para a sala. Pega o jornal ainda preso à porta. Se estiver com preguiça, não faz o cooper. Caso esteja com vontade, põe o tênis, e sai para ver pernas passando de um lado e para outro. Quando volta, a coisa é a mesma, mamão, melancia, água de coco entre outras coisas as quais compõem seu desjejum. Você repõe suas energias e se apronta para o trabalho. Mas quando sua empregada diz: - Quero minhas contas. - Eu nunca te paguei nada. - Por isso mesmo! Eu quero minhas contas. - Mas... Mas... Mas... eu nunca te paguei coisa alguma. Nunca te paguei nada. Como é que vou começar a pagar agora.?! - Seu Gilson, hoje, faz trinta anos que trabalho aqui. - É... sinceramente. Não sabia. Mas é por isso que você quer as suas contas. Margarida era a empregada desde o tempo que meus pais eram vivos. Aos seus quinze anos, ela entrava pela porta dos fundo, e daqui nunca mais saiu. Quer dizer: enquanto meus pais viviam. Margarida ti