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“É barril!: ódio e o medo”

      Domingos Oliveira de Sousa Os  vários percursos de intolerância estão caminhando para urna. O ódio e o medo tem tomado conta do discurso da população no momento de votar. Eis a questão. De uma lado o ódio e do outro o medo. A população vai se assustando com as declarações do candidato a presidente do Brasil. Não se trata agora de ser feliz. Se trata agora é de não se morto, de apanhar na rua por pensar diferente. As nuances de uma ditadura já se encontram em nosso cotidiano. A linguagem de ameaça já se concretiza. O segundo momento é tornar isto em algo oficial. Se a ideia for da impressão da lei e da ordem já se perdeu a medida. É perceptível o medo de forma escancarada por diversos discursos. Ventila-se a ideia de fechar o Supremo Tribunal Federal (STF). Fala-se em deportar os petistas; uma vez a vitória do discurso da raiva se concretize. Muito já dizem com uma senhora contundência. Não se trata em votar no PT (Partido dos Trabalhadores). Trata-se em manter as

Dia de Professor: algumas lembranças ...presente.... passado.... Não sou chegado a datas, mas sei que é importante perceber quem eu era e quem eu sou!

Domingos Oliveira de Sousa [1] Quando se fala em professor, lembro da Professora Norma. Foi a minha primeira professora no Colégio Nossa Senhora da Boa Viagem. Fui alfabetizado em casa. Minha mãe não apenas cuidou da minha alfabetização, mas de cunhados e cunhadas.  Sei que ela sempre foi minha educadora. Cuidou também da minha formação moral. A professora Norma era chamada de Norminha. Muito certamente pela idade era responsável por uma turma de 1º ano do fundamental. Ainda no fundamental, lembro do professor Benedito. Professora Norma ainda continua viva. Sei por que vez por outra a vejo perto da casa da minha mãe. Professor Benedito, eu não sei. Foi ele que me apresentou a gramática normativa. Apresentou também O Cabeleira de Franklin Távora. Foi um dos livros que comecei a fazer análise sintática. Isto de alguma forma me ajudou muito a compreender a gramatica sintagmática no curso de Letras na UFBA (Universidade Federal da Bahia). Professora Lúzia também é uma boa

O PT tem que recuar(...)?

Domingos Oliveira de Sousa [1] Certa vez Leonel Brizola solicitou publicamente que Lula desistisse da campanha eleitoral, a fim de dar a sua vaga para o próprio em função da campanha de Collor de Mello. O PT insistiu. Lula perdeu. O governo Collor durou 2 anos e, por fim, a social democracia de Fernando Henrique entrou em cena. Falo de um lugar que corrupção e política caminham juntos, sobretudo, quando se trata de partidos com ideologias liberais. Sei que nem todo liberal não é corrupto, mas por muito tempo o poder esteve com os liberais a tal ponto que eles se tornaram empresários através do poder político, e não o contrário, empresários políticos. Esta mudança de substantiva e adjetiva é de muita importância a fim de compreender como se enrique em certos espaços do Brasil. Vejo os socialistas daqui mudarem de bairro. Ter um carro um carro mais sofisticado. Ter plano de saúde. Os filhos estudarem em escolas particulares na educação básica e em universidades públicas na

"Fake News": quem desejar controlar o meu “eu”?

Domingos Oliveira de Sousa [1] Há muito tempo assisti ao filme “Body Snatchers” (Invasores de Corpos) de Abel Ferrara. Começo por aqui para interpretar: como chegamos a este momento belicoso? Sei que filme é uma ficção onde os seres humanos são tomados, transformados, abduzidos em um outrem de outro mundo, de outro comportamento. Bastava a pessoa ir dormir que aquela possível semente se enraizou com uma praga no corpo humano e fazia uma cópia, sem o rácio humano e humanizador, mas com corpo. A dominação da espécie humana está ameaçada. Esta seria a alegoria criada? Será que estamos nessa luta entre a lucidez e a alucinação? Será que se trata de uma ideia de uma eterna subalternização? Será que uma questão da necessidade de um falso herói e uma falsa vitória?  Não tenho a resposta precisa. Em certa medida, ou em medida grande, tenho a compreensão não por completa, mas algumas interpretações são possíveis. Sabe-se da cobiça e controle sobre as riquezas de subsolo no mund

Salvador - Bahia

Religião: Afrodescendentes e o voto

             Domingos Oliveira de Sousa [1] Pega-se a Bíblia e vai-se fazer política partidária. Estamos na idade média ou tenta-se fazer um go back à Babilônia para construir ou reproduzir uma ética aristotélica perfeita. Quem confia em quem? Volto ao conceito de confiança social, quando vejo tantos afrodescendentes no poder através da Bíblia pentecostal e/ou neopentecostal. A confiança não se encontra na cor da pele destes sujeitos, mas nos objetos que estes carregam. Ao que parece, não se trata da ética protestante de Max Weber. Esta parece que se encontra longe deste entendimento de 'empowerment' dos “bispos, pastores, irmãos” neopentecostais ascendendo ao poder legislativo sendo no município, estadual e federal. Vale lembrar que o atual prefeito da cidade do Rio de janeiro é pastor da Igreja Universal. Neste jogo de identidade neopentecostal a fé tornar-se votos. O rebanho de ovelhas arcadianas tem propósito e fim específico não apenas na constr

Brasil: eleições 2018

Domingos Oliveira de Sousa [1] Acredito que o fio condutor deste ensaio caminhe pelas declarações do senador “ Tasso Jereissati: ‘Nosso grande erro foi ter entrado no governo Temer ”. A ideia do erro. O governo Dilma foi um divisor de águas daqueles que pactuavam com a corrupção e daquele que entendiam que a política era para gente honesta. Dilma agiu com autonomia moral. Não se corrompeu muito menos permitiu a corrupção no seu governo. As pedaladas que não existiam foi o mote para tirá-la do jogo. Ela oi capaz de perder o cargo, contudo não perdeu os princípios morais. Mostrou-se forte e obstinada. Paralelo a isso, o povo assistia constrangido ao ver a presidente deposta e ao mesmo tempo as ações sociais dos governos Lula/Dilma serem destruídas: o bem-estar social foi alvejado, diminuído por parte imprensa, o combate à pobreza era algo feio. Voltamos ao mapa da fome, da pobreza e com isso, mais violência, mais corrupção, e por fim mais impunidade. De um