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Seleção Brasileira

Estava na birosca de seu Zé, quando passou a dona Jacimara. Gostosa que sou ela. A mulher que não diz nada com ninguém. Um bundão que deixa todo mundo em silencio. Aquele movimento dos quadris de um lado e para outro e eu entre outro ficamos olhando para aquele monumento em movimento. Até rimou. Ela de cabeça baixa ou com um olhar distante passar sem falar com um de senhora honesta, casada e fiel ao seu marido. - É casada com o Jaime! Vem aquela voz do fundo bar com a mão no meio da calças ainda seu ajeitando o dono do estabelecimento, que sabe da vida de todo mundo da rua. Por um segundo um falso respeito paira no bar(…)! - Mas não é flor que se cheire. Uns falam outros falam. Eu ouço e contínuo calado. Ela é selação brasileira. - O que é isso Jaime? Seleção brasileira! Perguntei com a curiosidade de saber qual era a relação da seleção brasileira com a mulher que passava. O marido dela joga na seleção? - Quase isso! - Não entendi? Jaime queria vender a história, mas alguém deveria ter

Felipão perdeu novamente a calma!!!

Assisti os jogos da selecção portuguesa. A equipa não convenceu, mas emplacou para outra fase da Euro Copa - 2008. Depois do técnico ter perdido a calma, e ter ficado suspenso por quatro jogos. Quem já viu Felipão actuar no Brasil fica aquela sensação é que ele continua um estrategista de mão cheia. A equipe portuguesa sempre foi cheia de limitações e ele vai vencendo ou empatando as partidas, enfim não perde a 12 jogos. Desde da copa de 2006, fiquei com a sensação de falta um goleador. Um sujeito que goste da bola e a bola goste dele. Isso faz falta em jogo de praia que dirá em uma selecção. Sim, a equipe portuguesa tem óptimos jogadores, mas jogam muito bem nas suas equipas, ganham títulos e publicidade são tratados como verdadeiras estrelas de cinema. Contudo, na hora do jogo (…)! O time joga um futebol sofrível, um futebol feijão com arroz. O craque tal passa a bola para outro craque de forma tal que não sabe o que faz com a bola. Enfim, o golo não acontece e vem a sensação, que es

«Porque no te callas»

A propósito da frase do Rei Juan Carlos na XVII Cimeira Ibero-americana, estou a pensar das possíveis interpretações de uma frase deste calibre proferida por um Rei para todos ouvirem, excepto o Presidente Hugo Chaves, que afirma não ter ouvido. O que pensar? O que escever? Qual o caminho dever ser percorrido a fim de que eu possa provocar uma discussão mais ampla sobre o fato o ocorrido sem tomar uma tendência por ser brasileiro, latino-americano. Frases como estas aparecem em filme onde o rei manda e a vassalagem obedece cegamente, mesmo que o jogo moral esteja impuro, esteja contaminado pela arrogância, prepotência e intolerância. A América latina tem caminhado para sua afirmação de identidade «mestiça», onde a miscigenação entre: negro-africano, europeu (espanhol e/ou português) e as populações que habitavam e habitam até hoje estes espaços denominados de forma geral como índios tem vivido um momento de recuperação da auto-estima identitária, que se expressa através da ascensão ao

Dia da Consciência Negra

Ao meu amigo Ivo Ferreira de Jesus Infelizmente, ainda, é necessário o dia da consciência negra. Acabei de ver o filme sobre a vida do pugilista norte-americano Ruben Carter e fiquei pensando em quantas atrocidades foram feitas e estão a ser feitas, e ainda, continuarão a acontecer, enquanto as pessoas são medidas pela cor de sua pele. Também, estou a ler a respeito da Structuration Theory de Anthony Giddens e, por isso, assim como por outros motivos epistemológicos não acredito em nada no que tange a inconsciência. O preconceito racial e cultural ocorrem em todos os contextos Pós – Coloniais, seja aqui na Europa, seja na Ásia, seja nas Américas, seja no Oriente Médio, seja na África. Este está claramente alicerçado por natureza económica ou de manutenção do poder. Destarte, O modelo branco, muitas vezes copiado pelos negros, de pensar o mundo tem se repetido e se repetido vai se reformulando e se reformulando(...), vai ganhado dimensões e características tão contextuais que em mu

Natal em Portugal

Este é o terceiro ano que passo o Natal em Portugal e me vejo na obrigação de escrever alguma coisa a respeito desta festa. Meus amigos portugueses em sua grande maioria não acreditam em Deus e isso de alguma me deixa curioso como eles festejam a data do nascimento de Cristo sem a natureza da festa e do aniversariante. Certa vez, cheguei a dizer que os meus amigos são ateus com Deus. Isso, de alguma forma, provocou algum mal-estar, entretanto não poupei palavras que tratavam do assunto. Culpam Salazar e a forma que a Igreja Católica apoiou o Estado Novo em Portugal. Há, até hoje, um ressentimento pelo o que Salazar junto com a Igreja Católica entre outros sectores da Sociedade portuguesa fizeram contra os próprios portugueses. Tudo que esta associado ao Estado Novo é completamente afastado, maldito, negado, enfim não presta. Ando pelas ruas da cidade do Porto. Parece que este ano festejarei o final de ano aqui. Vejo que a cidade esta se ornamentando para isso. A iluminação é completame

Sei quem você é, mas você não igual a mim.

O filme The Human Stain do diretor Robert Benton, baseado no Romance de Phillip Roth, que em língua portuguesa realizado no Brasil recebeu o título de Revelações, vai tratar sobre identidade de forma muito sofisticada. Collmean Silk é filho de casal de afro - americanos judeus, Clarence Silk, o pai, que é garçom de trem – taverneiro, e sua mãe Dorothy Silk, enfermeira. Colleman tem como irmãos Valter e como irmã Ernestine. Todos com a mesma cor de pele: negra; exceto Colleman que branco de olhos azuis. O filme é entrecortado e marcado por três relacionamentos vividos por Colleman. Primeiro, no final da adolescência, com Steena Paulssuon, branca, filha de pai descendente de islandês e por parte de mãe tem uma herança dinamarquesa. A segunda Íris com quem casou-se, por fim, a terceira, com cerca de 70 anos Faunia Farley na condição de viúvo. Colleman ainda estudante vive um relacionamento com Steena que vai constituir uma ruptura em sua vida. Eles se amam. O Sr. SIlk sente a necessidade

Gilberto Gil: entre o mar e o sertão

Gilberto Gil é um dos artistas da música popular brasileira que tem uma capacidade de ser transversal em seus temas: ao falar do campo e da cidade. Ele mantém a mesma consistência poética. Suas letras representam de muito perto a realidade do homem e da mulher do campo suas alegrias, dores e sua relação com a natureza. Da mesma forma que, o autor vai construindo um mosaico de cores e cheiros que traduzem o modo de ser e modo de estar no homem nordestino brasileiro. Percebe-se uma forte influência de Luís Gonzaga, músico brasileiro que popularizou ritmos como: o xaxado, o baião e xote. O Forró, que tem no sentido essencial, um baile, festa, que realizava-se apenas no final das colheitas de milho, amendoim, laranja entre outros legumes e frutas que são abundantes nesta época do ano. De forma que se constrói toda uma culinária típica para esta época do ano. O Forró na actualidade brasileira ganhou a simpatia da cidade, seja por que o homem do campo tenha mudado de espaço e levou a sua mú