DOMINGOS OLIVEIRA DE SOUSA
Eu não sou filiado a qualquer partido político. Acredito em algumas ideias. Outras não são práticas. Outras são puros devaneios… Palavras vãs… Muito tempo perdido e/ou desperdiçado.
Sim, quero que o presidente saia do cargo. É vergonho um presidente “sem noção”. Ele age com um monarca. Se o seu estafe não faz o que ele deseja. Ele passa por cima como se fosse especialista no assunto; no entanto ele não sabe nada e acaba atrapalhando tudo até que as equipes vão perdendo a paciência e o deixa.
Sim, é preciso depor o presidente. A sensação é insuportável. Ele deseja que a população saia do isolamento social, a fim de que a economia volte a acontecer e, com isso, o mercado, que controla a política, não quebre. Só que a economia mundial vai quebrar e o Brasil não vai fugir à regra. A retração econômica vai ser mundial. Tudo mundo vai perder, entretanto os países pobres sofreram mais ou países ricos vão sofrer menos. Isto quem diz são os técnicos do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco Mundial. Eu só leio as notícias. Ele deveria fazer o mesmo.
Os teóricos do Estado mínimo estão se escondendo desta verdade. Não esperavam um golpe tão fulminante na economia mundial e neste modelo econômico. Em cinco meses, boa parte dos habitantes do planeta encontra-se em casa em isolamento social. Os Estados tiveram que suster os trabalhadores, os desempregados, os informais, as mães solteiras, os pais solteiros; os desempregado e desempregadas. Enfim, todo e o ser humano; a fim de que este sobreviva com o mínimo e consuma algo, algumas coisa; a fim de que as economias locais sobrevivam a este isolamento minimamente.
Não se trata de uma particularidade do Brasil. Este é um fato social no mundo, contudo cada espaço construiu seu contexto de acordo com a sua realidade, bem como as lideranças, políticas e alguns casos religiosas administraram tais fatos. Isto mudou e vai mudar as relações interpessoais presencias. As relações interpessoais e o consumo. Isto vai provocar mudanças na educação presencial; no trabalho presencial. No prazer sexual à distância. A ideia do confinamento colocou os distantes próximos. Tão próximos que são tangíveis. Eis a questão.
As tecnologias vão assegurar isto. Ou seja, a presença a distância. Esta será a novidade estranha. Estamos próximos, porém distantes. As cidades mortas e seus munícipes esgueirando-se para não ser contaminado pelo covid-19 com medo da morte. Esta é a realidade do momento. Até quando, não sei, mas é o que temos por enquanto… E o que não temos? Não bem isto, mas quem não tem tecnologia para participar deste universo virtual, ou seja, um outside de Nobert Elias. Isto é perceptível nas mães de família que não o celular com tais tecnologias para ter acesso aos benefícios do momento.
Enfim, a chave deste universo é o consumo de tecnologia. De fato, isto não é para todos e todas. E a pergunta que faço: quando o Estado brasileiro tem investido na construção de tecnologias portáteis; a fim de que saia da condição de consumidor para criador? Este modelo de Estado mínimo não provoca a construção de nada. Só consumo. Será que não algo errado?
O momento é de salvar vidas. A impressão dada é que a vida é barata. Não se importa com quem morre. O importante é que consuma. Este é o maior desgaste do presidente. A importância da vida. Um chefe de Estado não faz festa, enquanto o povo morre. O chefe deve demonstra alguma sensibilidade para com o outro, mesmo que a sua formação não lhe deu. Aprenda com alguma urgência a ser sensível com muita gente que o colocou no poder. Não se trata de “fingir a dor que deveras sente”. Lembrando Fernando Pessoa. Trata-se de respeitar os mortos nesta guerra cotidiana pela vida.
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