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A frágil democracia brasileira: será que ela aguenta?

Domingos Oliveira de Sousa 


Seria bom que o presidente pedisse afastamento do cargo pelos áudios que confirmam as declarações do seu ex-ministro Sérgio Moro. A impressão dada é que se trata de um golpe fatal. Esta é a ideia inicial. A ideia secundaria é que o presidente vai resistir o que foi possível contra o impedimento do seu mandato; mesmo que seja necessário um golpe militar, que os militares das forças negam até então.
Se bem pensar ou levar a sério a sua gestão. Ela ainda não aconteceu. Não tinha plano a não desfazer os feitos sociais do PT (Partido dos Trabalhadores). Sim, isto ele fez ou desfez o que pode em nome de uma posição política de ultra direita. Chegamos a este ponto. E com isso, construiu um força de gravidade política que aproximou antes opostos: Democratas e Petistas: ACM Neto e Rui Costa foram dividindo o mesmo prato de comida para sobreviver a escassez de ideias e a destruição do modelo econômico, social, cultural e ambiental construído pelo PT e pulverizado pelo bolsonarismo.
Bolsonaro chegou como quem iria mudar a realidade brasileira sem nenhuma proposta social. O desejo do presidente era que a população tivesse direito a uma arma. A campanha fincou-se com o símbolo de uma arma feita através dos dedos. Vejamos quem faz uma campanha desta natureza já esta dizendo para que veio e o que vai fazer e, por fim, desfazer. O povo, sobretudo, a elite brasileira foi atrás como uma caravana do ódio, da mentira e do fascismo.
Esta é a questão em uma democracia o povo tem a sua responsabilidade sobretudo na hora do voto. Esta é a parcela popular. De maneira que, este vídeo devastador que deve chegar aos olhos, ouvidos e a razão de tal legião, a fim que a luta construída foi vã, a não ser de um pai protegendo os filhos pelos seus crimes em processo cometidos.
A ideia é que o presidente é intocável, ainda mais, sob a proteção das forças armadas; uma vez sendo assim, vale tudo. Isto é, por mais que os filhos sejam processados pela PF (Polícia Federal) do Rio de Janeiro. Troca-se de chefe. Colhe as informações. Corrompe-se os homens, os fatos e ideias que podem vir a ser ventiladas, ou caduca-se o processo como forma mais usual no Brasil. Este não seria o primeiro e nem o último.
Só que foi o ex- juiz Moro, que disse não. Pode-se interpretar como um não a saída de Mandetta o ex- ministro da saúde. Um grande não a este frágil governo. Ou ainda, um não bem maior. O ex juiz pode ser candidato a presidente, que derrubou o presidente Bolsonaro. Não foi o PT de Lula. Não foi Ciro Gomes. Não foi o PSOL. Moro o ex-juiz de Curitiba é que está dando um basta no governo bolsonaro. Cabe aos partidos políticos encamparem o pedido de impedimento de tal presidente. Quem sabe se a democracia brasileira suporta este momento?

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