Avançar para o conteúdo principal

ARREPENDIDOS




      DOMINGOS OLIVEIRA DE SOUSA

Nem o ano 2019 acabou, vejo na rede social. Eu várias publicações. “Não me arrependo de ter votado nele”. Mas… Vem, então, as adversativas. Duas sensações estão pairando, a primeira é de quem perdeu. “Eu te disse e você não me escutou”; a segunda é aquela percepção de ter colaborado para a destruição do seu próprio país.
Não se trata de uma guerra civil, mas quando você começa a perceber o trabalhador informal é momento de compreender por qual caminho tem percorrido muito desempregado. No metro, você não vê pedinte, vendedor ambulante, ou coisas do mesmo gênero.
Este fato social é do transporte urbano. Vende-se de tudo e um pouco mais. Não se trata do vendedor de picolé. Vende-se “Pão dilicia “ antes às sete da manhã. Vende-se escova de dentes, agulha para roupas, desentupidor de fogão, carregador de celular, fone de ouvidos entre outras infinidades de coisas que de um momento para o outro o sujeito levanta a voz e começa a distribuir de mão em mão e colocar Deus na conversa para convencer você a comprar com o intuito de você mantê-lo na vida honesta.
Em certos momentos, parece que está coagindo a compra. “Compre ou serei bandido”, “Comprei ou vou te roubar”; “Compre, caso ao contrário, meu filho vai morrer de fome”. Ou você compra para ajudar ou você vai carregar aquela culpa por um bom tempo.
Então, o sujeito diz: “Isso é culpa de Lula; Ele roubou e estava preso. A justiça que soltou, mas ele volta para a cadeia”. Por ignorância ou não. Ocorreu o contrário. Os governos Lula/Dilma já tinham enfrentado a miséria e a pobreza com diversos projetos, a exemplo do “Fome Zero”. A questão é se o pobre compreendeu o que foi feito por ele. Ou ainda, confundiram a compreensão do sujeito. A miséria voltou por força das politicas do governo Temer e o seu sucessor. Esta é a verdade que o arrependido vivencia e não quer aceitar.
Percebo nos discursos do mais pobre que sentiu no preço do feijão, arroz, farinha e gás, bem como da classe média que percebeu seu empobrecimento a cada mês aumentar. A primeira coisa é colocar a culpa no PT (Partido dos Trabalhadores), mas o poder não está no poder desde 2016. O PT não responsável pela miséria do povo, ao contrário este partido combateu a fome. Será que o povo não entendeu isto?
Ainda é fácil enganar o/a eleitor/a? Ou este povo gosta de ser enganado? Não se trata de burrice. O brasileiro não é burro. Não é estupido. Sei da falta de escolarização, contudo em uma matéria do jornal EL país a informação é que nos estados mais ricos a população votava em Bolsonaro e nos mais pobres F. Haddad. Os pobres no PT (Partido dos Trabalhadores) e o ricos no PSL (Partido Social Liberal). Poder-se-ia problematizar; Se a forma que a comunicação social tem julgado o ex-presidente Lula cotidianamente, então o povo educou-se a compreendê-lo como um corrupto.
Eis a questão, o PT necessita antes de qualquer coisa mostrar que são os corruptos, bem como àqueles que fomentam a pobreza e a exclusão social, a fim de “separar o joio do trigo”. Na expectativa das eleições municipais de 2020, o povo compreenda o que significou de Lula/Dilma.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Afinal!!! o que aconteceu no PAF?

Algumas coisas precisam ser ditas no que diz respeito ao concurso realizado no último domingo dia 19 setembro de 2010. A primeira diz respeito ao tratamento dado aos professores(as)  pelos fiscais. Em certo momento, cheguei a achar que, por um lado, havia certo nervossísmo do fiscal que não sabia dirigir a nós professores(as); por outro lado, parecia desrespeito mesmo. Afinal, somos educadores não estávamos ali para burlar a lei. Nós, a princípio, é que fiscalizamos as provas que fazemos e através delas é que vamos encaminhado a vida de muitos  estudantes; contribuindo  na relação de ensino e aprendizagem de muita gente e muito certamente daqueles fiscais, que ali se encontravam, desconfiando de uma possível caneta escanner ou de "pesca" com um eletrônico sofisticadíssimo.   A segunda é a própria avaliação que, a meu ver pareceu-me boa e inteligente. Fiz as primeiras 14 questões e li boa parte das outras questões. Os assuntos refletiam as atividades feitas ...

Página Virada

Domingos Oliveira de Sousa É lembrando Chico Buarque, contudo não é apenas um folhetim. O ano termina com a sensação de uma mudança. Sei que estou fora dessa agenda. Encontro-me fora tanto do ponto de vista municipal, estadual e federal. De fato, são várias “páginas viradas”. Quando falo em outsider, refiro-me à Norbert Elias e a minha condição de professor, afrodescendente e nordestino. Talvez, ou muito certamente, eu faça parte do sujeito que compõe a modernidade tardia de A. Giddens ou a modernidade líquida de Z.B. É como se eu chegasse em uma festa que começou no início do século XX, e eu entrasse nesta festa no início do século XXI, entendo que não estou em igualdade de condições com aqueles que historicamente já tem se espaço conquistado. Eu chego para pagar a conta, para limpar o chão, o banheiro. Estou aqui para cortar a grama. Lavar os pratos. Assistir televisão e imaginar que faço parte desta tal modernidade. Sei o quanto é incomodo, quando estou a ocupar alguma ...