DOMINGOS OLIVEIRA DE SOUSA
Dou-me o direito da dúvida. Se o povo é ignorante, então os letrados, sobretudo, a elite financeira mantém o povo a margem a condução das suas vidas nas relações políticas?
Tenho a lucidez necessário que vivo em mundo de picaretas, malandros, vigaristas gente sem nenhum escrúpulo. Mente como se fosse verdade e transforma a mentira em uma verdade, que em certo momentos, eu duvido de minhas certezas. Parece que o mentiroso sou eu. Fico a pensar na lógica de Irving Copi. Ele fala sobre falácias. Muita gente boa deveria lê este livro.
As trapaças, mentiras não constroem espaço para verdade. Não há espaço para um sujeito autônomo moralmente. Este se encontra morto. Deixado ao lado.
A mentira ganhou uma tal força que parece que o real é ficção que a realidade foi para outro lugar do mundo. Mata-se a verdade de uma hora para outra. Conta-se uma mentira de forma tão insistente que a torna em uma verdade novíssima.
Isto de fato deixa-me assustado. O sujeito passa a crê no outro e deixa as suas convicções de lado. A mentira não mais perna curta como diz o ditado. A mentira alongou a perna. Esticou. Cresceu.
Daí vem a farsa e seus “ismos” e “istas”. Mentirosos reunidos. Congresso de mentirosos. Não digo o congresso nacional; talvez o seja. Digo todo e qualquer conjunto de homens e mulheres. Mentem na cara dura, cara de pau, como se fosse verdade. Se você não tiver as suas convicções bem fincadas no eixo de sua moralidade. Você se dobra. Acredita na mentira. Como se fosse um vírus. O vírus da mentira. A mentira como pandemia. Os mentirosos espalhando mentira por todos lados.
A imagem não mente, mas pode ser reinterpretada. Discutida e depois o autor do crime ser absolvido. Pronto a mentira venceu, mesmo naqueles julgamentos pela internet, televisão parece um filme como começo, meio e fim, contudo a mentira vence. A médica supostamente matou os dois adolescentes em uma motocicleta. A interpretação é dúbia…
A mentira vence. Um presidente que mente deveria ser criminalizado por isso, mas ele desmente e fica dito por não dito em uma confusão total de mentiras. O paradoxo maior é o povo que acredita em um mentiroso, um malandro, um vigarista. A impressão é que o povo também é assim: mentiroso, malandro e vigarista, ou simplesmente: o povo é ignorante no sentido latino — desconhece. Não sabe os labirintos que a mentira percorre para se tornar uma verdade. Colocaram uma presidente honesta fora do cargo. A mentira venceu a verdade. A mentira colocada no papel, carimbada, legitimada e assinada por muitos é uma verdade. Até que esta mentira volte a ser mentira. Ela perde sua força de verdade. Deixa de ser um interesse coletivo, para ser uma busca individual, isto é a verdade tornar-se pouco importante. Ou seja, o mal já foi feito. A verdade fica no âmbito de poucos.
Um juiz mentiroso. Fica difícil acreditar na justiça quando um juiz mente. Vem outro juiz mente também. Todos passaram por um curso de direito. Eram para ser probos, mas não se apoderam se um discurso político e não jurídico, então mentem… de tal forma que, outros juízes se veem na obrigação de consertar as mentiras iniciais com as verdades finais. A questão é que a comunicação culpa os últimos por não fazer justiça e elogia os primeiros como se a verdade havia prevalecido. Ao contrário, era mais uma mentira construída no âmbito da justiça.
Mentem para Deus… Talvez, este seja o por das mentiras mentir e colocar o nome de Deus no meio. A mentira fica santificada. É por Deus, eu acabo acreditando, diz um sujeito no meio do culto, mas por deus vale tudo. Vende-se o céu e o inferno… e lá vai mais mentiras e Deus no meio como avalista da mentira…. e os créditos ignorantes acreditando em tudo que os vigaristas contam. Tome esta água santa, este pedaço de pau que é da cruz de cristo e daí por diante a mentira vai se alongando como se fosse uma cobra que vai se enroscando em meu corpo, quando vai ver. Você se encontra sufocado. Transforma–se em um zumbi alimentado por mentiras.
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